Festival Islâmico de Mértola

O último porto do Mediterrâneo
2015-05-23 - 2015-05-24 (Sábado - Domingo)

 




Já começaram a chegar fotos!

Os nossos fotógrafos trazem-nos imagens que nos mostram "cheiros, cores e sons" deste Festival à beira Guadiana...

O álbum do Zé António  emhttps://picasaweb.google.com/opassodegigante/MErtola0515?authkey=Gv1sRgCLLmm6HujrKmmwE&feat=email 

Os vídeos do concerto nocturno junto ao Guadiana, também do Zé António, em https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=opassodegigante&target=ALBUM&id=6152981375163354993&authkey=Gv1sRgCP-o4rGwkJDjigE&feat=email

As fotos do António Matos em http://www.clubearlivre.org/v/actividades/2015/mai/festIsl/am/ 



Trigo maduro e campos ondulantes cheios de cardos, alcachofras e papoilas e aos quais Maio já retirou o viço de uma Primavera que por ali costuma acabar cedo.

A terra já clama por água, a do Guadiana, o grande rio do Sul. Rio de leito encaixado por montes e vales, de curso irregular modulado pelo vaivém das marés, e fortemente influenciado pelas águas das chuvas, um rio com história e cheiro a Mediterrâneo.

Guadiana, que a par da ribeira de Oeiras abraça a vila de Mértola, que já foi cidade e importante porto, capital de um reino mouro e sede da Ordem de Santiago, encruzilhada de vias terrestres e fluviais, em que o pão, o azeite, e sobretudo o minério, fizeram da antiga ‘Myrtillis’ romana um importante entreposto comercial.

A história deste espaço faz-se pelos inúmeros testemunhos que o Campo Arqueológico de Mértola, fundado e dinamizado por Cláudio Torres de forma sistemática a partir de 1978, tem vindo a desenterrar, conferindo-lhe o estatuto de verdadeiro museu a céu aberto, e colocando a vila no roteiro do património mundial. Conhecida na antiguidade como o ‘porto mais ocidental do Mediterrâneo’, foi sob o domínio islâmico que teve o seu período áureo, e é o reconhecimento da importância do legado árabe que levou à criação do Festival Islâmico o qual procura reviver a ambiência da ‘Martulah’ mourisca.

É pois tempo de festival, festa, de ‘sul’.

E também nós vamos à festa: cor, melodias, odores de incensos e ervas de cheiros, gentes num raro cosmopolitismo em que a ganga ocidental se mistura com as ‘djellaba’, as ‘kamiss’ ou o ‘hijab’.É recriado um autêntico ‘souk’ onde não faltam os toldos coloridos no topo das ruas para proteger do sol, as bancas com artigos maghrebinos e locais; o cuscuz e as tagines ou a doçaria marroquina acompanhada por chá de menta, convivem com o mel o queijo e os enchidos da região. E a animação de rua? Música maghrebina e cante alentejano, percorrem a vila amuralhada faça sol ou lua.

Sábado, 23

a) Percurso pedestre que começa na povoação de Álvares, e sobe à serra com o mesmo nome - estamos no Alentejo portanto, uns ‘míseros’ 150m de desnível -, passando por pastos, montado e pinhal até à cumeada que seguiremos até descer para a ribeira de Oeiras, afluente do Guadiana, onde comeremos o nosso farnel. Aqui estaremos num couto de caça, e acreditem que até veados há, se os conseguirmos vislumbrar, isso agora… Depois, seguiremos a linha de água até à Fonte Santa, antigo local de ‘peregrinação’ às suas águas medicinais sulfurosas para tratamento de afecções do aparelho digestivo, hoje completamente ao abandono, e onde terminaremos

(http://www.aguas.ics.ul.pt/beja_fssjoao.html). Cerca de 9km através de trilhos, caminhos rurais, algum estradão e corta-mato.

b) A seguir rumaremos a Alcoutim, e à pousada, para nos prepararmos para a festa.

Contamos chegar a Mértola por volta das 19h, para uma experiência sensorial a vários níveis. Os companheiros ficam por si, para desfrutar da cor, dos cheiros, dos sons…até perto da 1/1h30. Não será a melhor altura para procurar o petisco alentejano, mas há muitos outros sabores para descobrir; a não perder, mesmo, são os concertos de worldmusic junto ao rio (confere o programa para sábado em http://www.festivalislamicodemertola.com/).

Domingo, 24

Aproveitem a piscina da pousada porque só partiremos para Mértola mais tarde (mas não muito). Chegados à vila poderão constatar que a multidão da véspera está de ressaca. Aproveitem pois para percorrer as ruas, fazer alguma visita cultural ou então, e agora sim, procurar a boa comida alentejana.

Após o almoço, vamos até ao Monte das Neves onde iniciaremos um percurso que nos levará até ao Guadiana, ao longo do qual seguiremos com uma vista fabulosa sobre Mértola e o Convento de São Francisco, onde nos espera um chá retemperador na varanda do convento, com vista privilegiada sobre Mértola. São 5km feitos por caminhos rurais e um pequeno troço de asfalto. No acesso ao convento teremos de vencer uma pequena colina.

O convento de São Francisco, edificado no séc. XII, deve a sua traça actual aos franciscanos que ali se instalaram entre 1612 e 1834. Adquirido em 1978, já muito degradado, por um casal de artistas holandeses, foi recuperado progressivamente e ali se instalou uma galeria de arte, uma quinta biológica, o Museu da Água, e criado um espaço de retiro, expressividade e criatividade, com workshops de yoga, meditação, cozinha saudável e expressão corporal ou plástica, fornecendo alojamento nas antigas celas recuperadas e refeições naturais; é um local de muita paz, ideal para uma despedida a Mértola

www.conventomertola.com

https://www.youtube.com/watch?v=WKvHSxhf0jU https://www.youtube.com/watch?v=nVhH1K7jT60 https://www.youtube.com/watch?v=n_wlR6L3qjs .

Recomendações: Tempo e local de calor, embora este ano a estação pareça atrasada, portanto todas as precauções a ele associadas. Botas para as caminhadas e calçado leve p’rá festa. Estarão connosco alguns milhares de ‘festivaleiros’ num espaço reduzido, portanto a mobilidade, acesso e a qualidade de alguns serviços vai ressentir-se desse facto.

Inscrições limitadas.

Cartografia: Folhas 557 e 558 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.

Alojamento: Pousada da Juventude de Alcoutim, com piscina. Levar toalha.

Partida: Sábado, 23, às 7h00 de Sete Rios.

Dadas as características excepcionais desta actividade, não será possível a participação em viatura própria.

O preço inclui o transporte, o seguro, o alojamento na Pousada de Alcoutim, a visita e o chá no Convento de S. Francisco, a informação e o mapa. 


Preços:
Autocarro 69,00€ Menores de 21 anos 33,00€