Por terras de Alcácer do Sal

A Cripta, o Santuário e o Trilho do Arroz
2018-05-26 (Sábado)


Alcácer do Sal é uma cidade histórica!

Debruça-se em anfiteatro sobre o rio Sado, povoada de velhos bairros medievais e encimada por um castelo de base muçulmana.

Sede de município, enquadrada na região do Litoral Alentejano, pertence ao distrito de Setúbal e foi fundada pelos fenícios cerca de 1.000 anos a.C.

Trata-se de uma das mais antigas localidades europeias, elevada a cidade em Julho de 1997.

Alcácer do Sal chegou a ser sede episcopal, foi capital da província Al-Kassr durante o domínio árabe, sendo desta denominação que provém o nome Alcácer. A localidade foi também sede da Ordem de Santiago da Espada, sendo Paio Pires Correia, Mestre Comendatário da Ordem de Alcácer do Sal, que nos anos 1234 a 1242, conquista para Portugal grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve, onde se inclui Silves.

A par da sua importância geopolítica estratégica no passado, Alcácer do Sal é também região de arroz e montado com produção de pinhão. As primeiras referências ao cultivo do arroz surgem no reinado de D. Dinis (séc. XIII-XIV), mas só a partir do séc. XVIII surgem os grandes incentivos ao cultivo deste cereal. A importância da cultura do arroz na região acaba por levar à construção de barragens, entre as quais, a Barragem Eng. Trigo Morais de 1949, também conhecida como Barragem de Vale de Gaio, a qual integrou uma atividade realizado pelo CAAL em Abril de 2017.

É neste enquadramento que o CAAL propõe a realização de uma atividade que inclui um percurso pedestre nos arrabaldes de Alcácer do Sal que se batizou como Trilho do Arroz, o qual passa por zona de montado e campos de arroz. A realização do percurso será precedida de uma visita ao Santuário do Senhor dos Mártires e Cripta Arqueológica.

Pela tardinha, também haverá tempo disponível para uma visita lúdica (não guiada e não organizada) à cidade, ao ritmo de cada um.

Santuário do Senhor dos Mártires é um dos templos cristãos mais antigos de Portugal. Necrópole pública desde a Idade do Ferro foi depois uma ermida de romagem associada à ocorrência de milagres e panteão dos mestres da Ordem de Santiago durante a Idade Média.

Cripta Arqueológica está localizada no piso inferior da Pousada D. Afonso II, que está enquadrada no Castelo de Alcácer do Sal. As escavações nos alicerces da fortaleza e do antigo Convento de Aracaelli, convertida no que é hoje a Pousada D. Afonso II, mostram vestígios de todos os povos que habitaram aquelas colinas ao longo dos séculos revelando a importância do lugar.

O Trilho do Arroz, percurso com aproximadamente 16km e fraco desnível, parte do Santuário do Senhor dos Mártires e deixa a cidade pelo trilho de pequena rota (PR1) com o mesmo nome. De seguida atravessa uma zona de montado, que se estende ao longo da linha de comboio até se alcançar os campos de arroz.

Depois de um almoço em versão pic-nic debaixo das sombras do arvoredo, regressa-se à cidade percorrendo os caminhos de uso agrícola. Estando atentos, também será possível observar alguma avifauna local, como por exemplo cegonhas e garças.

De volta ao centro da cidade haverá tempo disponível para livremente visitar Alcácer do Sal e usufruir da restauração junto ao rio. Contamos com S. Pedro para nos proporcionar um dia bonito para aproveitar a beleza dos locais!


Horários da atividade:

Saída de Entrecampos às 7h50 em direção ao castelo de Alcácer do Sal.

No período entre as 9h10 e as 11h00 será realizada uma visita não guiada ao Santuário do Senhor dos Mártires e uma visita guiada à Cripta Arqueológica que se situa no Castelo.

Segue-se o percurso de aproximadamente 16km e fraco desnível, a desenvolver em ritmo calmo e que deverá estar concluído até às 17h00.

Tempo livre para aproveitar Alcácer do Sal, sugerindo-se a visita pelas velhas ruas estreitas dos bairros, usufruir as esplanadas e degustação da famosa pinhoada típica de Alcácer.

Pelas 18h00, regresso a Lisboa para concluir a atividade.

O que levar:

Calçado confortável para caminhar 16km por caminhos agrícolas e de montado (arenosos).

Roupa adequada à meteorologia prevista para esse dia, sendo que se estará em final de maio.

Mochila pequena com agasalho, 2L de água, comida para o dia, chapéu, creme solar/guarda-chuva e máquina fotográfica.

O preço inclui transporte, seguro, mapa do percurso e folheto da atividade, a visita guiada à Cripta Arqueológica e o acompanhamento e enquadramento CAAL.


Preços:
Autocarro 19,00€ Jovens 5,00€
Preços:
Viatura própria 7,50€ Jovens 5,00€