A caminho de Cabeço de Vide temos nova oportunidade de nos deliciarmos com as calmas paisagens do Alto Alentejo.
Aceita o desafio e vem fruir do ar limpo dos campos alentejanos, onde as copas das árvores se curvam sobre a estrada formando túneis de luz filtrada; encontrar aquela paz e harmonia entre o património construído e a diversidade natural que só se encontra no Alentejo.
Acompanhemos os pastos verdejantes, as ribeiras que alimentam açudes, moinhos e azenhas, observemos as antas megalíticas, os caminhos ancestrais, os muros e o casario branco, sempre acompanhados pela bela paisagem de sobrado, e pela suave luz outonal que realça os contrastes coloridos da paisagem.
Situada na margem direita da Ribeira de Vide, a vila de Cabeço de Vide estende-se do alto de um cabeço até à planície, formando um rossio tido pelo mais extenso de entre Tejo e Odiana. A sua origem remontará ao Neolítico, dada a quantidade de achados arqueológicos encontrados na região. Teve importância na época romana, passando perto uma estrada que fazia a ligação das Termas da Sulfúrea à via militar Lisboa-Mérida. Incorporada em território cristão na 2ª metade do séc.XII, recebeu foral novo em 1512 e é elevada a vila e sede de concelho.
A Guerra da Restauração atinge fortemente a vila, e a sua degradação acentua-se até ao séc. XIX. O concelho é extinto em 1855 e integrado em Alter e posteriormente em Fronteira.
Possui um valioso património arquitectónico de que se destacam a igreja matriz, a torre do relógio, a igreja da Misericórdia, o cruzeiro, a antiga Casa da Câmara e as ruínas do castelo de vistas amplas sobre a região.
As termas são um dos ex-libris da vila, cujo primeiro balneário data do tempo de Augusto. As suas águas são hipossalínicas, sulfúricas e oxidriladas, cloretadas, sódicas e com alto teor de iões, estando indicadas para doenças da pele, ossos e respiratórias. Recentemente as instalações foram remodeladas e acrescentada uma piscina.
Características do percurso : Percurso circular com cerca de 15km, ondulado e sem desníveis significativos (cota entre 260m e 320m); a decorrer por percurso urbano, veredas, caminhos rurais e trilhos. Possibilidade de neutralização.
O ponto de partida é o grande Rossio, em função do qual a vila se foi estruturando, de forma ordenada, ao longo dos séc. XVIII a XX. Subiremos até ao Castelo, atravessando o arrabalde, primeira zona de expansão da urbe medieval, fazendo o reconhecimento do património mais significativo da vila.
O passeio pelos campos terá início na Azinhaga de S. Domingos, parte integrante da via romana para Alter Pedroso.
Depois do bucolismo alentejano, a sua não menos famosa gastronomia, tantas vezes feita de saber dar a volta à fome.
Tão perto do São Martinho não resistimos a propor uma aventura gastronómica num dos mais conceituados antros de gula alentejana, o Restaurante “Rolo”.
Depois de criar nome em Portalegre, Francisco Rolo aceitou o desafio da Câmara de Fronteira para se mudar para as instalações desactivadas da estação ferroviária de Cabeço de Vide, um edifício elegante com belos painéis de azulejo, datados de 1933, da autoria de Leopoldo Battistini. Recuperado, ali foi instalada a Estalagem Rainha D. Leonor, e nos armazéns ao lado reabriu o restaurante.
Neste lanche-ajantarado propõe-se a degustação de cerca de 40 “petiscos”, verdadeiro percurso iniciático pela gastronomia regional do Alentejo, e sem esquecer a doçaria.
Ementa:
Cerca de 40 variedades de entradas regionais em fogareiros aquecidos
Sopa de coentros
Misto de doces conventuais, com cerca de 25 variedades de doces e fruta laminada
Café, vinho branco e tinto, águas, sumos
Recomendações: Calçado adequado, água e farnel (só almoço)…
Cartografia: Folhas 370 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.
Partida: Sábado, dia 7 às 07h00 de Algés e às 07h15 de Sete Rios.
Participação em viatura própria: Concentração no Sábado, às 10h00, no Largo do Rossio, em Cabeço de Vide, frente à Igreja do Espírito Santo.
O preço inclui o menú de degustação, verdadeiro percurso iniciático pela gastronomia regional do Alentejo.