Cordoba e Granada

2006-04-22 - 2006-04-25 (Sábado - Terça-feira)

2006-03-27: Por motivos imprevistos relacionados com alojamentos – a feira de Sevilha coincidia com estas datas -  a viagem a Córdova e Granada anunciada para 29 de Abril a 1 de Maio (3 dias), teve de ser antecipada de uma semana, realizando-se de 22 a 25 de Abril (4 dias).


A passagem de 3 para 4 dias obriga a um ajuste dos preços iniciais no valor de 53,00€. Os companheiros já inscritos deverão confirmar a sua inscrição, pagando a diferença, com a máxima urgência, até ao dia 4 de Abril impreterívelmente. A partir desse dia os seus lugares serão libertados para os companheiros actualmente em lista de espera.


Lamentamos o sucedido, garantindo que a actividade sai significativamente beneficiada com a inclusão de mais um dia em Granada (consultem o Programa actualizado incluído nesta página).





Para apreciar o património legado pela cultura mourisca


22 a 25 de Abril – Sábado a Terça – 1 bota.


Um anúncio publicitário já antigo dizia que “Espanha é diferente”. A diferença está em grande parte relacionada com o facto de que a nossa vivência sociológica peninsular compreende, até hoje, uma tradição islâmica que influenciou o pensamento e o sentimento, os costumes e o modo de vida. As nossas grandes cidades islâmicas de Sevilha (que já visitámos), mas sobretudo Córdova e Granada, são um farol de civilização que iluminou a Idade Média europeia, na filosofia e nas ciências como é sabido, mas também no urbanismo e na arte como iremos observar. Córdova e Granada representam o princípio e o fim do período islâmico peninsular e entre elas se desenrola um percurso original de pensamento e de arte que os intelectuais europeus se recusam na prática a aceitar e que os nossos alunos de Arte Medieval, pensando unicamente em românico e gótico, desconhecem quase por completo.


Córdova foi o centro do califato omíada do Ocidente em que o território português esteve integrado na época islâmica. A sua localização entre as serras do norte e as planícies do sul peninsular fazem desta cidade um lugar central do sul ibérico, como tinha sido, em época romana, Mérida, a primeira capital da Lusitânia. No século X Córdova tinha um milhão de habitantes, enquanto Paris tinha 10.000 habitantes e Londres 5.000, e possuía o maior edifício que se construiu na Europa Alto-Medieval - a actual Mesquita-Catedral - além de um conjunto de escolas especializadas que podemos considerar o início do sistema universitário medieval.


A Mesquita é hoje o centro do núcleo histórico de Córdova. As transformações que sofreu não desvirtuaram o carácter desse imenso edifício que iremos visitar. Construído inicialmente com materiais romanos e ao modo romano, sendo por isso o último edifício helenístico ocidental, a sua imensa floresta de colunas organiza interiormente uma das primeiras construções tipicamente islâmicas do Mediterrâneo e a primeira onde se aplicaram, no ocidente, as técnicas específicas que estão na base da arte gótica medieval.


Medina Azahara é a cidade palácio dos califas do século X situada a oito quilómetros de Córdova. Edificada segundo o modelo dos grandes palácios imperiais tardo-romanos, mostra os grandes salões de recepção e outros edifícios administrativos e militares.


Em Granada os reis mouros da dinastia nazari construíram o conjunto palatino fortificado mais famoso da Europa, a Alhambra, no período final do poder islâmico peninsular  (séculos XIV e XV). Os famosos palácios de Yussuf I e Mohamed V, inspiraram o renascimento europeu e toda a arte neo-árabe posterior. Estão integrados numa poderosa fortaleza tardo-medieval de onde se avista um panorama único sobre a Serra Nevada a cidade de Granada e o Mediterrâneo. Os jardins que rodeiam o conjunto palatino, nomeadamente o Generalife, iniciaram, já no século XIV, a moda dos jardins históricos europeus.


Em baixo, na Cidade, a Catedral cristã de Na. Sra. da Encarnação, situa-se junto da Capela Real onde estão os túmulos dos “Reis Católicos” Fernando e Isabel e nas proximidades de um suq islâmico muito bem conservado, as Alcaicerias que iremos percorrer.


José Luís de Matos


Programa



  • Sábado, 22 de Abril

    • Lisboa, Vila Real Santo António, Antequera
    • Percurso pedestre pelas montanhas encantadas, no Parque Natural El Torcal de Antequera, singular região calcária, pontuada por estranhas formações rochosas - lapiás
    • Antequera, Granada

  • Domingo, 23 de Abril

    • Visita guiada a Granada: Catedral, Túmulo dos Reis Católicos, Curral del Carbón, Igreja de S. João de Deus e Alcaiçarias
    • Visita ao Alhambra e aos jardins do Generalife
    • Fim de tarde e noite livres

  • Segunda, 24 de Abril

    • Granada, Córdova
    • Visita guiada à Mesquita e à cidade antiga, incluindo o Bairro judeu

  • Terça, 25 de Abril

    • Manhã livre em Córdova
    • Visita a Medina Azahara, cidade muçulmana do séc. X (tarde).
    • Regresso a Lisboa por Badajoz

Esta actividade, que será muito interessante e a não perder, culmina as excelentes visitas dos dois últimos anos, guiadas pelo Prof. José Luís de Matos, primeiro a Mérida e Sevilha e depois a Badajoz, Trujillo, Cáceres e Guadalupe, que nos deram uma panorâmica do sul da Península Ibérica nos últimos 2000 anos. Córdova, com a sua deslumbrante mesquita, e Granada, com o Alhambra, são marcos fundamentais do legado andaluz onde a nossa civilização tanto foi beber.


Características do Percurso


Actividade de carácter urbano, que inclui no Sábado uma caminhada de duas horas acessível a todos.


Alojamento: Em Granada e em La Carlota, nos arredores de Córdova, em hotel.


Necessitamos da vossa inscrição o mais rápido possível, para podermos confirmar as reservas com segurança.


Partida: Sábado, dia 22, às 6h45 de Algés e às 7h00 de Sete Rios.


Dadas as características desta actividade não será possível a participação em viatura própria.


Preço: Autocarro 208,00€ / Men. 21 anos 168,00€.


O preço inclui o transporte, o serviço de guia, o alojamento e pequeno almoço e as entradas nos monumentos.