Subindo da Vila de Sintra, a vila romântica, encontramos a não menos romântica freguesia de S. Pedro de Penaferrim.
Por entre lojas pitorescas, chalets oitocentistas e jardins doirados e acobreados, numa bela tela de cores que ilustram S. Pedro de um Outono de rara beleza.
Mas os seus verdadeiros tesouros descobrem-se a pé pelas ruas estreitas e misteriosas com muros centenários cobertos de musgos e trepadeiras, jardins que espreitam aqui e ali.
A sua igreja dedicada a S. Pedro, imagem essa que, diz a lenda, foi trazida do Castelo dos Mouros e é confeccionada em pedra num única peça.
Passagem obrigatória pelo jardim da Vigia de onde se poderá avistar o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, um lugar de convite à serenidade e ao sonho.
Subiremos agora pela rua pitoresca de agradável paisagem que nos levará ao Castelo dos Mouros, um lugar que já não é pertença da freguesia, por entre ameias e lugares onde escritores, como Ramalho Ortigão, se sentaram para escreverem sobre este lugar paradisíaco.
Caminharemos agora em direcção ao Palácio da Pena, para entrarmos de novo na freguesia, um lugar onde D. Fernando II passava férias e resolveu criar belos jardins, com as imponentes árvores que nos oferecem ao olhar as belíssimas camélias de origem nipónica. Passaremos a um antigo quartel da GNR onde a arquitectura é esplendorosa, mas em decadência.
Subir-se-á então ao largo de Sta Eufémia, que tem como tradição uma festa popular onde se confraterniza com uma boa sardinhada no dia 1 de Maio.
Aqui também existia a tradição dos miúdos de S. Pedro passarem por entre pedras para que a sorte os afortunasse; podemos tentar também essa promissora experiência…
Com essa magnífica paisagem, onde se avista Lisboa e o Tejo que a abraça, podemos pegar na nossa merenda e saboreá-la, como se estivéssemos na romaria da Sta Eufémia.
Daí podemos avistar de novo o Palácio da Pena, onde o muro que circunda a sua mata o separa do recinto onde nos encontramos.
Começamos agora a descer por entre árvores que nos levarão à belíssima Lagoa Azul.
Passagem obrigatória pela Penha Longa, lugar histórico de partida do Rali das Camélias.Caminharemos então para passarmos a um lugar lendo-trágico do túmulo dos dois irmãos, imortalizados num monumento funerário. Reza a lenda que se teriam apaixonado pela mesma moura e um descobrindo que o irmão o atraiçoava amando a mesma mulher, matou-o, suicidando-se a seguir.
O largo da feira é agora o ponto de chegada do calmo e aprazível passeio por terras que nos fazem sonhar e, quem sabe, onde uma moura encantada nos espreitou, um trajecto onde poderemos pegar num pouco de romantismo para levarmos para casa.
O largo de frondosas árvores, agora pintadas de Outono, com uma chuva de folhas atapetando o chão dum amarelo e cobre. É neste largo que se faz a feira quinzenal, no segundo e quarto domingo de cada mês. Esta feira tem cariz ainda medieval com venda de produtos hortícolas, queijo e pão, onde abunda também a doçaria tradicional de Sintra assim como uma enorme variedade de produtos tais como: flores, calçado, roupas, livros, velharias, etc.
Recomendações: Calçado adequado, impermeável, água e farnel.
Inscrição no local (preço 5,00€).