Presentes 56 companheiros do CAAL em Alter do Chão!
Foi uma actividade fantastica com a presença do frio e alguns borrifos de chuva.
A caminho de Alter do Chão temos nova oportunidade de nos deliciarmos com as calmas paisagens do Alto Alentejo.
É o ar limpo dos campos alentejanos, as copas das árvores que se curvam sobre a estrada formando túneis de luz filtrada, o casario branco, e descobrir que paraísos se escondem para lá da cerca conventual da Flor da Rosa; entre os vales das ribeiras dos Canais e do Rodo encontrar o Alentejo dos olivais, do montado de sobro e azinho, dos pastos verdejantes e dos salgueiros que marcam os cursos de água.
A Coudelaria de Alter, cujas instalações ficam na coutada do Arneiro a 4km da vila, deve a sua fama ao puro-sangue Lusitano que aqui se cria e apura.
Criada em 1748 por D. João V, foi D. José quem a fundou de facto e a estruturou: formação da manada, alargamento do assento agrícola e pastoreio, promulgação do 1º regime coudélico e as instalações que ainda hoje podemos ver.
Com as invasões francesas vive uma série de períodos conturbados até 1942, quando se inicia a recuperação do Cavalo Lusitano, ferro Alter Real.
Hoje a continuidade do Cavalo Alter está assegurada e as características como Cavalo de Alta escola são exibidas pela Escola Portuguesa de Arte Equestre também ali sediada.
Após a visita, rumaremos a Flor da Rosa indiscutivelmente ligada ao seu mosteiro e ao poder da Ordem do Hospital.
Em 1340 a sede desta Ordem troca Leça do Balio pelo Crato, sendo 1º Prior do Crato D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira, o qual manda edificar no sítio da Flor da Rosa a igreja-fortaleza conventual (hoje pousada) que se torna a casa-mãe daquela Ordem que, no século XVI, muda o seu nome para Ordem de Malta.
Ligados ao priorado estão, por exemplo, o condestável D. Nuno Álvares Pereira e D. António, pretendente ao trono na crise sucessória de 1580.
Características da actividade: A manhã é dedicada à coudelaria com visita guiada às casas altas, cavalariças dos garanhões e da escola, ao picadeiro, museu, casa dos trens e falcoaria, após- percurso pedestre circular com início e términus junto ao mosteiro da Flor da Rosa, com c. de 8km de extensão, cujo desnível varia entre os 260-290mts. decorrendo por caminhos rurais.
Se o tempo ajudar almoçaremos junto à Ribeira dos Canais ao km 1.2 do percurso, após- visita à Escola de Olaria da Flor da Rosa que recupera a antiga tradição dos Barros do Crato.
Cartografia: Folhas 346 e 358 da Carta Militar de Portugal, escala 1/25000 do IGE.
Partida: Sábado dia 29 às 7h15 de Algés e às 7h30 de Sete Rios.
Participação em viatura própria: Concentração às 10h30 no parque de estacionamento da Coudelaria.
Estando em Alter basta seguir as placas que indicam:
Coudelaria-viaturas ligeiras.