Rotas de Cister - S. Cristóvão de Lafões

A barragem de Ribeiradio
2011-03-26 - 2011-03-27 (Sábado - Domingo)

 


Retomamos neste ano o projecto das Rotas de Cister, desta feita com o “Real Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões” no horizonte, aproveitando a próxima construção da barragem de Ribeiradio-Ermida, com as suas 2 albufeiras para aproveitamento hidroeléctrico, e que irão condicionar o curso do Vouga.  

Implantado numa área florestada de grande beleza paisagística, o mosteiro beneditino, fundado em 1123 com o apoio de D. Teresa, adere em 1163 à regra de “Cister”.

Após ter sofrido 2 incêndios, a sua igreja é totalmente reconstruída no séc. XVIII, e ainda hoje é sede de paróquia.

Depois da extinção das ordens monásticas em 1834, as instalações monásticas, como tantas outras, foram vendidas em hasta pública tendo passado por várias mãos.

Em 1982 são compradas pelos seus actuais proprietários, já bastante degradadas. Também os arquivos do convento desapareceram no incêndio do seminário de Viseu.

Com o objectivo de se criar uma pousada com elevados padrões de qualidade e conforto, aliada a uma estrutura de real interesse histórico, os proprietários procederam a um cuidadoso restauro, com respeito absoluto pelos espaços e ambientes monásticos, como o singular claustro em estilo toscano ou a igreja conventual, ornada com notáveis pinturas.

Situado no vale do rio Vouga, e nas faldas da serra da Arada, este será o espaço natural onde nos moveremos nesta actividade, dedicando um dia ao rio e outro à serra.

Com Raúl Proença diremos: “Lafões é uma região que se esconde entre o maciço da Gralheira e o Caramulo, cortada pelo rasgão do Vouga que, aproveitando fracturas naturais ou furando rochas, lá vai a caminho da beira-mar”.

Espaços caracterizados pela diversidade: socalcos como no Douro, ou o verde do Minho.

Vales emoldurados pelo maciço da Gralheira (Arada, Freita, S. Macário…), de matriz ora xistosa ora granítica, uma sumptuosa simplicidade de fragas e desfiladeiros com pequenas aldeias e águas límpidas no verde dos vales, o qual contrasta com o tom das rochas no alto das serranias, atapetadas de carqueijal bem aparado pelos rebanhos.

Características dos percursos:  

Sábado: O Vouga, numa secção deste vale fértil de agricultura intensiva, com povoações de implantação secular, como as terras do Couto de Esteves, com o seu pelourinho e solar.

Também importante galeria ripícola, composta essencialmente por salgueiros, freixos e amieiros, e que irá ser afectada pela barragem.

Percurso linear com cerca de 13km entre as aldeias de Ermida e Barreiro, que decorre a meia encosta ao longo do rio Vouga, sem desníveis de assinalar, por caminhos rurais, trilhos, e algum alcatrão entre aldeias.

Passagem da ribeira de Lordelo a vau. Sem possibilidade de neutralização. 

Domingo: Do alto da Arada (Coelheira), até ao Vouga (convento), sempre com belas vistas para a Freita e para os vales, atravessaremos ainda o magnífico bosque de bétulas do parque do Campo das Antas, restos do antigo coberto vegetal.

Com mais uma hora de luz, iremos fazer um percurso linear com cerca de 20km, quase sempre descendente com excepção da subida (facultativa) à Grávia (150m desnível), e da subida final entre o rio e o mosteiro (70m desnível).

No final visitaremos o espaço conventual. 

Recomendações:

Levar botas, água, farnel, frontal e sapatos de rio.

Cartografia:

Folhas 165, 175 e 176 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.

Alojamento: Na pousada juventude das Termas de S. Pedro do Sul com pequeno-almoço.

Partida: Sábado, 26 às 06:45h00 de Algés e às 07h00 de Sete Rios.

Participação em viatura própria: Consultar a secretaria do CAAL.

O preço inclui o transporte, o seguro, o alojamento com pequeno-almoço, as informações, o mapa e a entrada no mosteiro.


Preços:
Autocarro 60,00€ Menores 21 anos 34,00€