MONTES DE TOLEDO

Cordoba y Toledo
2012-03-31 - 2012-04-05 (Sábado - Quinta-feira)


Já há fotos desta bela actividade!

Vejam todas as fotas do álbum da Ana Tique em: https://plus.google.com/photos/100877183630065216571/albums/5728344528720719489?authkey=CLXUv7adn9C64gE#photos/100877183630065216571/albums/5728344528720719489

Todas as fotas de José Branco em: https://plus.google.com/photos/107187910970279952749/albums/5728344393312844545?authkey=CJK9i4u7n_25mgE#photos/107187910970279952749/albums/5728344393312844545

Vejam as fotos de Manuel Richart em: http://clubearlivre.org/v/actividades/2012/mar/toledo/mr/

Não percam também o álbum de José A. Baltazar Aurélio: https://picasaweb.google.com/opassodegigante/Montesdetoledo0412?authkey=Gv1sRgCKnkvvWm5oat7AE&feat=email#




Propomos aos Companheiros, nos dias que antecedem a Páscoa, tradicionalmente passada em família, que fujamos deste mar salgado de tristeza, para dar um saltinho ali, a Espanha.

Não a uma Espanha qualquer, mas sim aquela mítica e onírica, a das cidades imperiais: Córdova e Toledo.

Como escreveu Molina, Córdova “…”está echa de la sustância del tiempo y de la matéria de los sueños”…”.

Tão contundente é Cervantes acerca de Toledo, “…” peñascosa pesadumbre y cuna de civilizaciones, abrazada el Tajo, testigo de la impronta de todos los pueblos de la Península Ibérica.”

Ligadas pela história, tão diferentes: uma mourisca, outra cristã.

Tão parecidas: na tolerância, e na diversidade do seu milenar e inigualável património arquitectónico, artístico e urbanístico;

ali coexistem várias cidades: a romana, a visigótica, a judaica, a cristã;  a de Cervantes e El Greco, a de Averroes, Gongora e Júlio Romero; símbolos culturais, civilizacionais, e património da humanidade.

A única recomendação a fazer é: percam-se pelas suas ruas e vielas, praças, pátios, jardins, e inolvidáveis ‘rincones’!

Pode revelar-se uma experiência sem comparação!

O meio geográfico e natural em que se inserem, no qual o Tejo e o Guadalquivir foram vias estruturantes para o estabelecimento do homem e o desenvolvimento civilizacional, contribuiu em muito para aquilo que foram, e são.

Por isso, iremos caminhar nalguns locais emblemáticos da sua área de influência, conhecidos pela sua riqueza geológica, fauna, flora e paisagem.

- Cárcavas de Burujón:

Como dizia Félix Rodríguez de la Fuente:

“El Halcón Peregrino sobrevuela la cárcava…”, uma das paisagens mais belas e surpreendentes da província de Toledo: imponentes arribas argilosas, de cor vermelho crepuscular, esculpidas caprichosamente pela erosão da água e do vento.

O pântano de Castrejón, que represa as águas do Tejo, acrescenta beleza à grandiosidade do local, e converte-o em refúgio para as aves, algumas delas ameaçadas, como o falcão peregrino, a águia imperial ou o abutre negro.

- Montes de Toledo:

São uma extensa zona geográfica entre o Tejo e o Guadiana, no seu curso médio, com um relevo acidentado disposto em várias cadeias de serras e maciços que se cruzam em todas as direcções, e cujos cumes são rematados por cristas quartzíticas e vistosas cascalheiras cobertas de líquenes e musgos.

Na vertente do Guadiana, assentam as planícies, as ‘rañas’, que conjuntamente com as ‘navas’ (charcas) completam o quadro paisagístico. Na vertente do Tejo, encontram-se os grandes maciços e as maiores altitudes.

A sudoeste dos ‘Montes’, situa-se o Parque Nacional de Cabañeros (www.parquenacionalcabaneros.com), espaço protegido de grande relevância na península.

Ecossistema onde predomina o bosque e mato mediterrânico, com enclaves de vegetação atlântica, galerias ripícolas e turfeiras, e muito bem conservado nas serras do Chorito e no Maciço do Rocigalgo, que protegem as zonas baixas, transformadas pelo homem em extensas ‘rañas’, para o cultivo de cereal de sequeiro e ricos pastos sazonais.

Agora, as ‘rañas’ são reservas cinegéticas onde se abrigam o corço, o cervo e o javali, e ainda o sisão e a abetarda.

No parque abrigam-se ainda espécies simbólicas como o lince, a cegonha negra, a águia imperial, o abutre negro ou o gato-montês.

A leste encontramos a sierra de Los Yébenes, do árabe yebel (monte), extensa e afilada crista quartzítica, que se ergue no meio da ‘raña’, e sobre a qual possui um olhar de predador.

As vistas são magníficas, e as tonalidades variam dos ocres aos verdes.

A vila, que se espraia pela encosta, foi descrita em tempos “…”como una bandada de palomas posadas en un monte”…”,e possui um conjunto inestimável de moinhos de vento tradicionais.

Paisagem bem conhecida por Cervantes, podemos imaginar D. Quixote a deambular pelos extensos trigais, e a investir serra acima contra os moinhos, transformados em gigantes, pela sua mente perturbada.

 

 - Baños de Popea:

Local de grande valor ambiental, onde a Sierra Morena se espraia na ondulante campina cordovesa.

A sua importância advém da riqueza aquífera e dos bosques em galeria, herança de épocas mais húmidas.

O nome tem origem na zona de ‘marmitas’ e cascatas, existentes no arroyo del Molino, na confluência deste e do a. Bejarano com o rio Guadiato.

Local de grande beleza natural, fresco e sombreado, é espaço conhecido de há muito, como o demonstram as minas romanas de cobre, moinhos, e as fontes e canais de origem árabe que forneciam água á Medina Azahara.

Programa indicativo:

Sábado, 31 de Março, partida em direcção a Stª Maria de Trassierra (Córdova), para realizar o percurso dos ‘Banos de Popea y Arroyo Bejarano’.

Este decorre por veredas, trilhos e caminhos rurais, sombreado e junto a linhas de água na sua maior parte.

Tem 8,5km de extensão e um desnível de 100m.

Levar farnel. Picnic tardio, por volta das 14h30. http://arroyobejarano.com

Domingo, 1 de Abril, dia livre em Córdova, para visitar o palmeiral de pedra da mesquita, ou os museus e galerias, gratuitos ao domingo, ou ainda admirar os seus pátios floridos e inúmeros ‘rincones’.

É Domingo de Ramos, começam as festividades da Semana-Santa, com os desfiles dos ‘passos’, manifestação maior da cultura e religiosidade popular. www.youtube.com/watch?v=kAcK3t0MfjU

Segunda, 2 de Abril, partida para Toledo e paragem em Los Yébenes.

Percurso linear com 9km, que decorre pela cumeada, em trilho, sem desníveis de assinalar, até aos moinhos.

Daqui baixamos para a vila, passando pela ermida de S. Brás (séc. XIV). Levar farnel.

Terça, 3 de Abril, dia livre para visitar a monumental Toledo, que começa por um passeio pela ‘Senda Ecológica del Tajo’, que percorre o canhão do Tejo, rodeando a cidade por um caminho pedonal.

O percurso vai da ponte romana de Alcântara à ponte gótica de San Martín, e aqui acede-se ao ‘Passeio de Recaredo’, miradouro privilegiado sobre a veiga do Tejo, e que segue até às portas da cidade.

Quarta, 4 de Abril, no ‘Parque Natural de Cabañeros’, vamos percorrer a ‘ruta del Chorro’ até ao cume do Rocigalgo.

Após recepção nos serviços do parque, iniciaremos um percurso, quase sempre em trilho, com 20km de extensão e 700m de desnível.

Quase sempre sombreado, segue ao longo do ribeiro, com as suas cascatas e poços, existe um ‘passo rocoso’ que requer alguma atenção e apoio. Permite a neutralização em qualquer momento.

A seguir jantar de grupo, no merendero ‘Las Becerras’, para degustarmos o seu célebre ‘cocido toledano’. http://historiasparamayores.blogspot.com/2010/12/el-cocido-toledano-y-un-jamon.html

Quinta, 5 de Abril, iniciamos o regresso a Lisboa com uma paragem nas ‘Cárcavas de Burujón’, para percorrermos os 5,5km da ‘Senda Ecológica de las Barrancas’, com os seus ‘miradores’, onde se pode disfrutar da magnífica paisagem dominada pelo ‘Pico del Cambrón’, e da inúmera avifauna ali existente.Decorre por estradão, sem desníveis de relevo.

Alojamento:

Nas pousadas de juventude de Córdova (a 50m da Mesquita), e de Toledo (no castelo de San Servando e a c. 400m da Catedral). Quartos de 3 e 4 camas, com WC privativo, e pequeno-almoço. É necessário levar toalha.

Recomendações:

No dia da partida é importante levar farnel, e ter a bagagem acondicionada de modo a ser facilmente transportada, uma vez que os carros não entram no centro histórico de Córdova, e é necessário fazer cerca de 350m com a bagagem até ao albergue. De resto, botas, binóculos e roupa adequada.

Preço - 265

O preço inclui a viagem, transfer, informações e plantas, alojamento com pequeno-almoço, jantar de grupo e seguro.

Plano de pagamentos

Possibilidade de pagamento em 2 mensalidades, mediante cheques pré-datados, entregues obrigatoriamente no acto de inscrição: um no valor de 110€, o outro no valor de 155€, e datado de 29/02/12.

Inscrições – Na sede do CAAL, no dia 19 de Janeiro de 2012, entre as 13h30 e as 18h00.

Partida: Sábado, dia 31, às 05h45 de Algés e às 06h00 de Sete Rios.