Pelos caminhos da Guerra Civil Espanhola

A Serra de Guadarrama, no seu sector sudoeste
2013-03-28 - 2013-03-31 (Quinta-feira - Domingo)

 


 

Já há fotos desta actividade!

Vejam o álbum da Dina Costa em: https://picasaweb.google.com/115245598051417870845/MadridSerraGuadarrama...

 

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28 a 31 de março – quinta a domingo

Situada sensivelmente a norte de Madrid, a Serra de Guadarrama integra a Cordilheira Central Ibérica (à qual pertence igualmente a Serra da Estrela).

Estendendo-se por perto de 80km, mas com uma largura que não ultrapassa os 20km, Guadarrama culmina no pico de Peñalara, a 2428m, e separa as bacias hidrográficas do Tejo, a sul, e do Douro, a norte.

Muito próxima de Madrid (e por isso muito procurada por todos os que querem escapar do bulício da capital espanhola), esta serra oferece panoramas intermináveis sobre a Meseta Ibérica, e permite desfrutar, no verão, de recantos de agradável frescura, por entre uma vegetação que vai da azinheira ao pinheiro larício, enquanto no inverno constitui um local de eleição para a prática dos desportos niveais.

No que se refere à fauna, a mesma é abundante, sendo possível encontrar, a par com o gado, espécies como o texugo, a cabra ibérica, o veado, o corço, o javali, o lobo, a raposa, várias espécies de águias e abutres, e diversos répteis.

Será para apreciar esta natureza tão generosa que nos deslocaremos a Guadarrama no decurso desta actividade.

Mas a presença humana nesta região tem deixado, ao longo da história, fortes marcas, nomeadamente através de um conjunto de monumentos de grande significado político e religioso: mosteiros como o de El Escorial ou o de Santa Maria de El Paular, castelos como o de Pedraza ou o de Manzanares el Real, ou residências reais como la Granja de San Ildefonso ou o Palácio Real de Riofrio, pontuam a serra, reflectindo a sua proximidade ao poder centralizador de Madrid.

De facto, em virtude da sua situação, a Serra de Guadarrama, além de constituir uma barreira natural entre as porções setentrional e meridional da Meseta Ibérica, tem permitido, já desde a época da ocupação árabe, controlar os acessos a Madrid a partir do norte, nomeadamente de Segóvia, Valladolid ou Ávila.

Por essa razão, esta região foi cenário de duros combates no decurso da Guerra Civil, tendo a República defendido aqui denodadamente, praticamente até ao final do conflito, a capital, enquanto, de forma igualmente determinada, o campo Nacionalista procurou forçar a passagem para sul. Foi um período de grande sofrimento, cujos vestígios são ainda hoje bem visíveis no terreno, constituindo para nós, caminheiros, motivos de curiosidade e reflexão.

Características dos percursos:

1º dia, 28 de março – Este será o dia da viagem para Guadarrama. Terá um cariz cultural, uma vez que teremos como destino a povoação de San Lorenzo de El Escorial, onde, em regime livre, será possível visitar o mosteiro (mas atenção à afluência, pois estamos em plena Semana Santa), percorrer as ruas da pitoresca povoação e, em particular, passear nos magníficos jardins da Casita del Principe, antes de nos dirigirmos ao parque de campismo El Escorial, onde nos alojaremos.

2º dia, 29 de março – Para este dia está reservado um percurso de grande beleza, que se iniciará no Alto del León, que marca a passagem entre Madrid e Segóvia. Através de um conjunto de trilhos simples subiremos muito ligeiramente para o Cerro Piñonero, e daí mais fortemente para Cabeza Lijar, onde poderemos facilmente identificar os inúmeros detalhes da paisagem. Ao longe vê-se Madrid, o que nos permitirá comprovar a importância de Guadarrama na defesa da cidade. Prosseguiremos então em direcção a um antigo refúgio em ruínas, La Naranjera. Serão várias as ocasiões em que iremos deparar com restos de fortificações, erigidas por ambos os contendores, que actualmente se encontram em diversos estados de conservação. Um pouco depois de La Naranjera iniciaremos a descida final, que nos levará junto ao mosteiro de El Escorial, onde terminará a nossa marcha, que cobrirá, fundamentalmente na vertente sul, 22km ao longo de trilhos com grandes troços arborizados e nos levará a subir 1000m, descendo 1470m.

possibilidade de neutralização nesta actividade.

3º dia, 30 de março – Estamos perto de Madrid, e Madrid significa ‘fiesta’. Vamos por isso visitar a cidade, de uma forma original. A cidade tem muito que ver, e para todos os gostos (museus, avenidas, parques, lojas, restaurantes e “copas”), pelo que a visita será livre, muito embora sejam fornecidas sugestões relacionadas com o tema da nossa actividade.

4º dia, 31 de março – Repousados (?) com o programa da véspera, vamos conhecer a vertente norte de Guadarrama, mais despida de vegetação (pelo menos neste sector). Para tal efectuaremos um percurso circular, com base na pequena povoação de La Paradilla, com uma extensão de 11km e um desnível de 550m, que nos permitirá contemplar as belas e variadas paisagens da província de Segóvia.

Uma vez mais, deparar-nos-emos com os vestígios aqui deixados pelos combatentes da Guerra Civil.

Recomendações:

Botas, água, farnel e agasalhos, em particular para os dois dias de caminhada. A Serra de Guadarrama caracteriza-se pelo seu clima frio, não sendo de descartar a possibilidade de encontrarmos zonas ainda com neve neste final do mês de março.

Alojamento: Parque de Campismo ‘El Escorial’, em campismo ou em bungalows de 4 pessoas.

Partida:  Quinta, 28 de março, às 6h30 de Algés e às 7h00 de Sete Rios.

Participação em viatura própria: Contactar a sede do Clube.

O preço inclui os transportes durante a atividade, o seguro, informação, mapas, o alojamento em parque de campismo (em tenda e em bungalow).
Não estão incluídos os ingressos nos monumentos em San Lorenzo de El Escorial e em Madrid.

É imprescindível a inscrição prévia no Clube.


Preços:
Campismo – 150,00€ / (menores de 21 anos – 120,00€)
Preços:
Bungalow – 180,00€ / (menores de 21 anos – 130,00€)