Já há fotos do belo passeio alentejano!
Todas as fotos da Luisa Pinto Ferreira em:
http://www.clubearlivre.org/v/actividades/2013/feb/caia/lpf/
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Arronches é uma bonita vila alentejana, caracterizada pelo seu alvo casario alegrado por faixas coloridas que rodeiam rodapés, janelas e portas, no seio de uma paisagem rural de olivais e montado.
Importante praça de armas, a ‘Vila que cinco pontes rodeiam’, como refere José Saramago, e as suas sete atalaias, pela sua situação geográfica, formavam um importante sistema defensivo na permeável fronteira sul de Portugal.
A fundação de Arronches é muito antiga, e presume-se que a sua primeira fortaleza tivesse consistido num castro Lusitano de povoamento. No entanto, só em 1242, com a intervenção militar do cavaleiro D. Paio Peres Correia, Grão-Mestre da Ordem de Santiago, foi definitivamente integrada no território nacional.
Parte do concelho está inserido na área do Parque Natural da Serra de S. Mamede e, sob o ponto de vista paisagístico, toda a sua envolvente natural é de grande beleza, albergando uma grande diversidade de espécies de fauna e flora.
A região é banhada pelo rio Caia, afluente da margem direita do rio Guadiana, o qual nasce na Serra de S. Mamede a 1020m de alt. Nesta linha de água foi construída a barragem do Caia, a qual transformou as suas águas num dos mais belos lagos do norte alentejano.
Neste passeio vamos encontrar o Caia a correr livremente num bucólico trecho, que banha a vila de Arronches, e nos traz interessantes memórias do passado. No primeiro troço, depois de cruzarmos a ponte quatrocentista, que nos coloca na margem direita do rio, partimos ao encontro de uma curiosa fonte barroca pela calçada ribeirinha que dá pelo nome de Passeio do Vassalo.
Em seguida, honrando um dos mais importantes valores naturais deste concelho, embrenhamo-nos num verdejante montado de azinho para descobrirmos as ruínas da Igreja de Santo Isidro, sobranceiras ao rio, e subirmos a um dos mais importantes símbolos da história militar de Arronches: a atalaia das Escarninhas. A partir deste ponto descemos de novo ao rio, atravessamo-lo numa passagem que evoca a história de uma via romana (via de Antonino) e de uma ponte destruída (São Bartolomeu).
No regresso a Arronches, trilhamos as veredas de pé posto da margem esquerda, com a sua galeria ripícola, recantos bucólicos e o casario dos Montes, que nos revelam, já perto da vila, envolta em mato, a antiquíssima ponte da ribeira da Tinoca.
Teremos também oportunidade de conhecer melhor esta vila alentejana, a 2ª atalaia sobrevivente, a do Baldio, bem perto do ‘pântano’ do Caia, repositório de uma grande variedade de avifauna.
Terminado o passeio, será tempo de descansar e viver outras alegrias: n’ ‘A Estalagem’, a tradicional simpatia alentejana espera-nos, para um merecido repasto.
Características do percurso: Percurso circular com cerca de 9km, com um desnível que varia entre os 250 os 300m de alt. e que decorre por caminhos rurais, trilhos e algum corta-mato.
Recomendações: Botas, água e farnel.
Cartografia: Folha 385 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.
Partida: Às 07h15 de Algés e às 07h30 de Sete Rios.
Participação em viatura própria: Local de encontro, às 10h45 frente à estação de CF de Stª Eulália: saída 10 da A6, entrar na N246 direção Arronches, a estação está à saída da povoação.
O preço inclui, a actividade, o seguro, a informação, o mapa e o lanche-ajantarado.
É imprescindível a inscrição prévia no Clube.