Um dia soberbo, uma grande actividade!
Com o Ar Livre vale sempre a pena, mesmo quando "já lá estivemos"...
Vejam as fotos do José António B. Aurélio em https://picasaweb.google.com/opassodegigante/Ouguela1113?authkey=Gv1sRgCOSVhLCVnNaBhAE&feat=email#
"Bela cidade de Ouguela / Dá vistas à Lapagueira
/ Mal empregada cidade / Estar em tão alta ladeira!".
Assim foi cantada esta fortaleza que é bela mas nunca foi cidade e de onde, de facto, se avistam as terras da Lapagueira, embora não se situe numa "ladeira" assim tão alta...! No Alentejo, de facto, bastam uns escassos 70 metros para que as vistas sejam amplas.
Vila
e sede de concelho que foi, Ouguela é
hoje uma aldeia histórica em
processo de desertificação com cerca de 80 habitantes e três ruas íngremes,
resplandecentes de brancura e com vista para a planura.
O silêncio,
impressionante, é entrecortado pelo canto das aves e pelo cântico das avé-marias que, da igreja de Nª Sª
da Graça, marca as horas regularmente.
Esta
antiga vila castelhana, possui uma ainda
imponente fortaleza que combina a arquitectura medieval, resultado da reforma
das fortificações fronteiriças levadas a cabo no âmbito da Guerra da Restauração que,
para responder às novas técnicas de pirobalística, fez construir em volta dos castelos de concepção medieval linhas defensivas envolventes, segundo o sistema abaluartado, com revelins, largos parapeitos e
cortinas escarpadas, conhecidas por fortificações de tipo Vauban.
Ouguela
e a sua
congénere ‘castelhana’ que se perfila no horizonte, a praça-forte de Albuquerque, perdida a sua
importância estratégica, lutam agora contra o esquecimento, e a incúria.
Será pois a partir de
Ouguela que desenvolveremos o percurso pedestre, pelos caminhos de acesso
à ermida de origem medieval da Sª da Enxara e pelos vales de dois bonitos cursos de água, o Xévora e o Abrilongo, ambos com ricas galerias ripícolas com salgueiros,
piornos, loendros, freixos e tamargueiras e variadas espécies de aves. Também
não faltarão troços de montado, olival, um trecho de simpáticas hortinhas, a visita
ao moinho da Lapagueira e à
solitária fortaleza que se vê lá no alto, com o branco casario a descer pela encosta.
Após o percurso pedestre espera-nos um almoço tardio, um cozidinho de
grão à alentejana, servido no centro comunitário de Ouguela, que iremos
desfazer num passeio livre a Campo Maior.
Características do
percurso: Percurso circular com cerca de 11km, sem desníveis
de assinalar e que decorre por caminhos rurais, trilhos, e algum corta-mato. Há que passar a salto a fronteira, e atravessar o Xévora, pelo que
se torna necessário tirar as botas e calçar umas sandálias de rio.
Recomendações: Botas, água no cantil e
sapatos de água.
Cartografia: Folhas 386 e 387 da Carta
Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.
Participação em viatura própria:
Local de encontro, às 10h00 junto à escola primária de Ouguela, hoje centro
comunitário.
Partida: Sábado, às 6h45 de Algés e
às 7h00 de Sete Rios.
Actividade de inscrição limitada.
O preço inclui o
transporte, o seguro, a informação e o almoço.