À Conquista de Ouguela

Os vales do Xévora e do Abrilongo
2013-11-23 (Sábado)

Um dia soberbo, uma grande actividade!

Com o Ar Livre vale sempre a pena, mesmo quando "já lá estivemos"... 

Vejam as fotos do José António B. Aurélio em https://picasaweb.google.com/opassodegigante/Ouguela1113?authkey=Gv1sRgCOSVhLCVnNaBhAE&feat=email# 

 

 










 

"Bela cidade de Ouguela / Dá vistas à Lapagueira

/ Mal empregada cidade / Estar em tão alta ladeira!".

Assim foi cantada esta fortaleza que é bela mas nunca foi cidade e de onde, de facto, se avistam as terras da Lapagueira, embora não se situe numa "ladeira" assim tão alta...! No Alentejo, de facto, bastam uns escassos 70 metros para que as vistas sejam amplas.

Vila
e sede de concelho que foi, Ouguela é
hoje uma aldeia histórica
em
processo de desertificação
com cerca de 80 habitantes e três ruas íngremes,
resplandecentes de brancura e com vista para a planura.

O silêncio,
impressionante, é entrecortado pelo canto das aves e pelo cântico das avé-marias
que, da igreja de Nª Sª
da Graça, marca as horas regularmente.

Esta
antiga vila castelhana, possui uma ainda
imponente fortaleza
que combina a arquitectura medieval, resultado da reforma
das fortificações fronteiriças levadas a cabo no âmbito da
Guerra da Restauração que,
para responder às novas técnicas de p
irobalística, fez construir em volta dos castelos de concepção medieval linhas defensivas envolventes, segundo o sistema abaluartado, com revelins, largos parapeitos e
cortinas escarpadas
, conhecidas por fortificações de tipo Vauban.

Ouguela
e a sua

congénere ‘castelhana’ que se perfila no horizonte, a praça-forte de A
lbuquerque, perdida a sua
importância estratégica, lutam agora contra o esquecimento, e a incúria.

Será pois a partir de
Ouguela que desenvolveremos o percurso pedestre
, pelos caminhos de acesso
à ermida de origem medieval da Sª da Enxara e pelos vales
de dois bonitos cursos de água, o Xévora e o Abrilongo, ambos com ricas galerias ripícolas com salgueiros,
piornos, loendros, freixos e tamargueiras e variadas espécies de aves. Também
não faltarão troços de montado, olival, um trecho de simpáticas hortinhas, a visita
ao moinho da Lapagueira e à
solitária
fortaleza que se vê lá no alto, com o branco casario a descer pela encosta.

Após o percurso pedestre espera-nos um almoço tardio, um cozidinho de
grão à alentejana
, servido no centro comunitário de Ouguela, que iremos
desfazer num passeio livre a Campo Maior.

Características do
percurso:
Percurso circular com cerca de 11km, sem desníveis
de assinalar e que decorre por caminhos rurais, trilhos, e algum corta-mato.
Há que passar a salto a fronteira, e atravessar o Xévora, pelo que
se torna necessário tirar as botas e calçar umas sandálias de rio.

 

Recomendações: Botas, água no cantil e
sapatos de água.

 

Cartografia: Folhas 386 e 387 da Carta
Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.

 

Participação em viatura própria:
Local de encontro, às 10h00 junto à escola primária de Ouguela, hoje centro
comunitário.

 

Partida: Sábado, às 6h45 de Algés e
às 7h00 de Sete Rios.

 

Actividade de inscrição limitada.

O preço inclui o
transporte, o seguro, a informação e o almoço.