Do café do Zé, em A-do-Mourão, às bifanas do ti Alfredo na Associação dos Avieiros da Póvoa de Santa Iria, tudo foi bom!
Aprendemos "quase tudo" sobre o aterro de RSU da Valorsul, vimos e fotografámos belas paisagens e o lixo urbano que salta a cada esquina...
Passeámos ao longo dos novíssimos corredores que devolvem o contacto da população com o Tejo, e terminámos "sentindo" os 2850 anos de vida da milenar oliveira de Santa Iria da Azóia.
Vejam o álbum do José M. Pombo Duarte em https://plus.google.com/photos/102833700902571306664/albums/5993762509990995233?cfem=1&authkey=CJimuI7Lq_yd5AE
As fotos de José Veloso em http://clubearlivre.org/v/actividades/2014/mar/avieiros/jv/
O
passeio, organizado pela Assessoria do Ambiente do CAAL,
percorre a região extrema dos concelhos de Arruda dos Vinhos, Loures e Vila
Franca de Xira, passando junto ao Aterro Sanitário de Mato da Cruz e tem como tema ambiental os resíduos
sólidos urbanos. Pretende-se com esta actividade sensibilizar os sócios
para a importância desta problemática atestando ‘in loco’ o gigantismo
associado a um aterro desta natureza.
O
passeio pedestre, que vai ligar A-do-Mourão ao porto ribeirinho dos avieiros da
Póvoa de Santa Iria, irá
surpreender o nosso olhar
com largos horizontes que terminam nos mouchões do estuário do rio Tejo. Passa pelos fortes das Linhas de Torres do
Calhandriz, Arpim e Aguieira, seguindo por Verdelha do Ruivo e Cabo de
Vialonga.
Outros temas serão falados:
a recuperação dos fortes das Linhas de
Torres e a Marcha dos Fortes®
(projecto do CAAL que este ano organiza a décima edição), o Forte da Casa, que nos inspirou para
esta actividade, e a saga dos avieiros
do Tejo, tema este que será abordado no porto fluvial e na visita ao Núcleo Museológico da Póvoa, que
concluiremos na Associação Cultural dos Avieiros da Póvoa de Santa Iria, com ‘um
copo e uma bifana’.
No encarte deste boletim
apresenta-se o tema dos resíduos sólidos
urbanos, no mundo e em Portugal, salientando-se a monstruosidade que a
humanidade criou com esta sociedade de desperdício, na qual todos nós
participamos, com maior ou menor sensibilidade para o destino dos lixos que
todos os dias produzimos.
O complexo circuito destes
lixos – desde que são produzidos, até que são depositados em aterro – é-nos
muitas vezes desconhecido e nas actividades somos confrontados com a outra face
da moeda: os lixos abandonados.
Estes poluem a natureza e poderiam ter sido tratados no circuito mencionado,
mas não o foram por incúria ou oportunismo.
Não vamos visitar o aterro,
somente passamos junto dele. Aí haverá uma curta conversa sobre o tema, antes
de prosseguirmos com a nossa caminhada
pelos fortes das Linhas de Torres – Arpim e Aguieira, de onde se desfruta
uma vista espantosa sobre o rio, os mouchões e a caótica urbanização dos
arredores da capital, com as ruínas das indústrias não renovadas que fecharam,
umas após outras.
Junto ao rio, no novo Parque Urbano da Póvoa de Santa Iria,
vamos visitar o núcleo museológico ‘A Póvoa e o Rio’ e falar dos avieiros, aquele grupo de pescadores que
vieram de Vieira de Leiria pescar no rio Tejo, vivendo as famílias nas
embarcações ou em casebres rudimentares, cuja vida difícil foi descrita pelo Alves Redol no livro ‘Os Avieiros’, que vos
convido a ler antes deste passeio.
Também vamos espreitar o Parque Linear Ribeirinho - Estuário do Tejo,
estrutura pedonal e ciclável, instalada na margem do rio, ligando a Póvoa a
Alverca. Esta infraestrutura, construída pela câmara municipal de Vila Franca
de Xira, veio devolver aos cidadãos a margem do rio, tão degradada pela
instalação de indústrias poluentes, hoje abandonadas.
No final, para terminar, e
de autocarro, vamos ver a árvore mais
antiga de Portugal, junto ao bairro da Covina, em Pirescouxe, uma oliveira
com 2.850 anos...
Características
do percurso: Fácil, por estradões e trilhos, com piso
regular e cerca de 12km de extensão.
Recomendações:
Levar
merenda para o almoço e água para toda a actividade.
Cartografia:
Folha 403 da Carta Militar de Portugal, na escala de 1/25000 do IGE.
Partida:
Algés às 7h30, Sete Rios às 8h00; regresso
a Sete Rios previsto para as 20h00.
Participação
em viatura própria: Dadas as características do percurso, é
desaconselhada a participação em viatura própria (contactar a secretaria do
Clube).
O
preço inclui o transporte, o seguro, a visita ao núcleo museológico, o petisco
e a informação.