Rota dos Chafarizes Monumentais

Lisboa, cidade da água
2014-06-21 (Sábado)

 




 

Já há fotos também desta actividade. 

Vejam as da Luisa Pinto Ferreira em http://www.clubearlivre.org/v/actividades/2014/jun/chaf/lpf/ 

O álbum da Anabela Neves em https://plus.google.com/photos/106039457126957639496/albums/6027867570733645265?gpinv=AMIXal8B8BZWkeIA0jkMOIDmxH2xZfnH-qUin-OHqINcs0fMEVJhnoImZgHIX9-mxvXaza9Fj8OUkHwpUiP2RuF7heBYFfblQxH1zgvgYwiijWbhH4x_m-k&cfem=1&authkey=CIqj06ee-teYdw 

 








A água
teve um papel particularmente importante na história de Lisboa.

Não só porque o rio
Tejo foi um motor fundamental na sua génese e crescimento, mas também
porque este bem essencial modelou, em grande escala, a sua evolução,
principalmente pela escassez que muitas vezes se fez sentir. Daí a importância crucial que fontes e
chafarizes desempenharam no desenvolvimento da cidade
, dado que
permitiram o acesso da população a água potável com um mínimo de condições de
salubridade. O desempenho desta função vital tornou-os numa importante
referência na imagem e identidade de Lisboa.

Na época de D. João V, por altura ou pouco depois da construção do Aqueduto das Águas
Livres
,
cuja obra foi dada por completamente pronta apenas em 1799, existiam 64 chafarizes em Lisboa, alguns
propositadamente edificados para aproveitar o abastecimento de água à cidade
que a monumental obra iria propiciar. São assim construídos os chafarizes das Amoreiras, de Entrecampos,
das Janelas Verdes, da Estrela, do Rato, do Carmo, da Esperança
, entre
outros, que eram frequentados por lavadeiras,
já que alguns possuíam tanques para lavagem de roupa e, sobretudo, pelos aguadeiros. Estes tinham
obrigatoriamente que inscrever-se e obter uma licença, que era passada pela
câmara da cidade, sendo também compelidos a ostentar uma medalha ao peito com
as armas do município, os seus números e os da companhia e chafariz a que
pertenciam. Os aguadeiros eram ainda
obrigados a auxiliar a população em caso de incêndio
e deviam, por isso,
ter em casa um barril cheio de água para acudir às emergências.

Só em 1880
terá tido início o abastecimento urbano e domiciliário de água
, já proveniente do rio
Alviela, após a construção da estação elevatória dos Barbadinhos e do
adutor do Alviela, retirando importância e precipitando o declínio da rede
de chafarizes existente. A mãe d’água,
sita ao largo das Amoreiras, cuja construção terá terminado em 1834, e o
reservatório da Patriarcal, junto ao jardim do Príncipe Real, concluído em 1864
,
propiciavam o necessário armazenamento da água transportado através do Aqueduto
das Águas Livres. Na actualidade restam
cerca de 40 chafarizes espalhados pela cidade
, maioritariamente secos e a
precisar urgentemente de restauro, dos quais vamos conhecer os 9 monumentais.
São assim denominados devido ao significado histórico e arquitectónico que
possuem, num percurso que começa algures no séc. XIII e se estende até meados
do séc. XIX.

Um belo
conjunto que merece a maior atenção para não cair num irreversível esquecimento
e abandono. Vamos conhece-los?

Ponto
de encontro: 
Às 14h00 no Largo do Chafariz de Dentro (Alfama)
frente ao Museu do Fado. (Levar um bilhete para os transportes públicos de
Lisboa).

Inscrição
no local (5,00€).