Uma bela actividade cheia de apetecíveis imprevistos!
Imperdíveis, como sempre, as fotos do José Branco Carvalho em https://plus.google.com/photos/107187910970279952749/albums/6160379483588317457?authkey=CIXR54mmsJaIVA
O apetitoso fim de semana visto pela Ana Tique em
Podem ver as fotos e um "filminho" do José Veloso em https://picasaweb.google.com/109711780287214819450/ComOCAALNaMalcata13E14JUN2015?authkey=Gv1sRgCLL27omz4O6OBw#
Este próximo vai ser um fim de semana em cheio...até Porto de Honra vai haver...
Talvez ainda se possam inscrever!
"Amatriz meia choina maquinamos tótios Reta Francha.
De galhal leva cada cinquenta chulos, artife,
fugantes
e baril chingato para andante" (gíria contrabandista, Quadrazais) *
* Que é
como quem diz: "Amanhã, à meia-noite, partimos todos para Espanha.
Cada um leva cinquenta duros, pão, carne, pistolas e bom vinho para a
viagem".
A zona raiana do
concelho de Sabugal,
pobre e pouco povoada, que mantém ainda um modo de vida tradicional baseado na
criação de gado, em particular rebanhos de cabra, alguma da sua arquitectura
típica, e cuja maior fonte de rendimentos foi durante séculos o contrabando, ao
qual chegavam a dedicar-se aldeias inteiras, como Quadrazais, encerra alguns dos tesouros naturais do
território português.
O rio Côa nasce aqui,
mais propriamente na serra das Mesas, entalada entre a serra da Gata (Espanha)
e a Malcata. Nestes
primeiros quilómetros o Côa corre pachorrento pelo planalto, num vale largo e
aberto, alimentando o mosaico agrícola em torno às aldeias. As suas águas pouco
profundas, límpidas e puras, cheias de truta, e as margens sombreadas convidam
ao descanso e ao banho, em dias quentes.
Aqui
foi criada a Reserva Natural da Serra da
Malcata, resultado da maior campanha de sempre pela defesa de uma espécie
animal no país: o lince. Tudo começou por causa da ‘pseudotsuga’, uma conífera
exótica que iria ser plantada em massa na Serra da Malcata no final dos anos 70
para a produção de pasta de papel. O alarme social levantado com a potencial
destruição do habitat do lince ibérico – que ainda vivia na região – dá origem
à campanha ‘Salvemos o lince e a serra
da Malcata’, que marcou o ano de
1979 e subsiste até hoje como um marco na história ambiental do país.
Se,
no que diz respeito ao lince nos encontramos como há 30 anos, uma vez que o
plano existente quanto à sua reintrodução não contempla a Malcata, pelo menos
no curto/médio prazo, conseguiu-se,
ainda assim, preservar um dos últimos refúgios naturais no território português,
o qual guarda no seu interior valores botânicos e faunísticos de relevo. Aqui é
possível ainda identificar uma diversidade de habitats bem conservados, como a sua floresta autóctone representada pelo
carvalho-negral, a azinheira e o medronheiro; os seus matos, relíquias da mata mediterrânica; corredores de vegetação ripícola bem
preservados, ao longo do rio Côa e ribeiras da Bazágueda e da Meimoa, compostos
predominantemente por freixo-de-folhas-estreitas,
amieiro e salgueiros; a ocorrência de charcos temporários mediterrânicos,
de lameiros e de comunidades de
caldoneira, um endemismo ibérico. Relativamente à fauna destaca-se a
presença das seguintes espécies: gato-bravo,
fuinha, raposa, lobo, abutre-preto, cegonha-preta,
açor, bufo-real, águia-real, águia-cobreira, milhafre-real, ou ainda a
truta-de-rio e a víbora-cornuda.
Características
dos percursos:
Sábado, 13 - Percurso
pedestre com cerca de 14km entre as aldeias de Quadrazais e Malcata, o
qual decorre por trilhos, caminhos rurais, estradão e algum corta-mato.
Começamos por abordar o Côa e a galeria ripícola que acompanha o seu curso. De
seguida, um extenso carvalhal que, a meia-encosta, dá lugar a uma mancha de
coníferas e pinheiro que, por sua vez, e à medida que nos aproximamos da Machoca
(o ponto mais alto da serra - 240m de desnível), dá lugar aos matos que
em maio e junho se enchem de cor e aromas: os brancos, rosa, amarelos e
lilases das urzes, carqueja, giesta, sargaços, rosmaninho e alecrim. Chegados à
Machoca apreciaremos as vistas, nomeadamente para a serra da Estrela, e
começamos a descer para a Malcata, atravessando outro belo carvalhal e o
mosaico agrícola que rodeia a aldeia.
Percurso
sem neutralização.
Aqui chegados espera-nos
um belo repasto e um alegre convívio na associação local.
José Lucas, também conhecido
pelo ‘homem da raposa’, (ele vai-nos contar ao vivo as suas estórias) é um
apaixonado pela viola que toca muito bem, pela Malcata que conhece a palmo de
noite e de dia, pela Sra. Vitalina sua mulher e companheira de vida. Nasceram
na aldeia da Malcata, emigraram cedo, namoraram e casaram em França.
Regressaram há uns oito anos e desde então dedicam-se à terra e à serra e a
receber bem quem os visita, a quem tratam como amigos de longa data. José Lucas, ou Zé Lucas, e o professor Rui
Chamusco fizeram o Duo Malcatanho: tocam um reportório de músicas variadas
na comunidade (nas escolas, nas associações, nos lares e centros de dia).
Neste dia de S. António, os
caminheiros do CAAL vão ter uma festa
muito especial com estórias de encantar do ‘homem da raposa’ e músicas de
alegrar do Duo Malcatanho.
O Santo António de Lisboa,
já era! Viva o Santo António da Malcata!
Para conhecer um pouco o Duo
e as estórias de Zé Lucas, aqui ficam alguns links: https://www.youtube.com/watch?v=ncIcRFDzZzc
https://www.youtube.com/watch?v=0sKughZzm9s .
Portanto,
traz um instrumento, vontade de cantar e dançar, ou simplesmente boa
disposição, e diverte-te…
Domingo,
14 - Hoje rumaremos a Fóios,
o autocarro leva-nos até ao alto da serra das Mesas, e aqui, junto às nascentes do Côa, iniciaremos o
nosso percurso pedestre com cerca de 15km. As vistas a partir das Mesas são
abrangentes sobre o sector ocidental da cordilheira central da península, e a nossa vista alcança tão longe quanto a
serra de Gredos. O nosso objectivo é Vale
de Espinho, nas margens do Côa, e para o atingir faremos parte da cumeada
da serra, ao longo da fronteira, por trilhos e algum corta-mato entre urzes e
giestal até ao estradão, rodeado de pinhal, que nos leva encosta abaixo até ao vale do Côa. Aqui chegados, o nosso
caminho continua ao longo do rio, por lameiros e caminhos rurais, até à aldeia.
O rio corre pachorrento por entre freixos e salgueiros, e as suas águas
cristalinas e sombreadas convidam a um, ou dois, momentos de lazer e banho, portanto, não te esqueças do fato de banho.
‘Bejeca’
no fim, claro…
O
percurso é quase sempre a descer (-561m acumulados), com uma pequena excepção. Possibilidade
de neutralização.
Recomendações: Botas, água e farnel para
os 2 dias, protector solar e fato de banho.
Cartografia: Folhas 226, 227, 237e 238
da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.
Alojamento: No Sabugal, no Pavilhão Municipal, sendo necessário levar frontal,
toalha, saco-cama e colchonete. Como alternativa, e por conta própria,
sugere-se a hotelaria local:
Residencial Sol Rio (271
753 197); Albergaria Sta Isabel (271 750 100); Hospedaria Robalo (271 753 566).
Partida: Sábado
dia 13, às 7h00,
de Sete Rios.
Dadas
as características desta actividade, não será possível a participação em
viatura própria.
O preço inclui o transporte, o seguro, a informação e os mapas, a
dormida em pavilhão no Sabugal, bem como o repasto na Malcata.
É
indispensável a inscrição prévia no Clube.