Estremoz

Na terra do Pixa Negra…
2019-02-09 (Sábado)

 








Os preços da actividade baixaram!

Por razões alheias à nossa vontade (os donos do sítio onde íamos lanchar desentenderam-se), já não vai haver lanche nesta actividade (mas continua a haver o almoço no Pixa Negra).

Por essa razão, também os preços da actividade baixaram

 












Estremoz desempenhou sempre um papel de relevo na História de Portugal.


Em 1336, a Rainha Santa Isabel, então com 65 anos, deslocou-se a Estremoz desde o convento franciscano em Coimbra onde se tinha recolhido após a morte de D.Dinis, seu marido, de modo a evitar uma guerra entre o seu filho Afonso IV e o rei de Castela Afonso XI

Afonso IV declarou guerra a Afonso XI pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D.Maria (filha do rei português). A Rainha Santa Isabel colocou-se entre os dois exércitos desavindos, e de novo evitou a guerra, tal como tinha acontecido em 1323 na batalha de Alvalade, entre as tropas de D. Dinis e as de D. Afonso IV.

Estremoz foi o local de falecimento do rei D.PedroI, em 1367, no convento dos franciscanos.

Na crise de 1383-1385, foi uma das cidades que se revoltaram no Alentejo a favor deJoão de Aviz, pouco depois do assassínio do Conde de Andeiro em LisboaFoi nas proximidades de Estremoz que se deu a primeira batalha entre portugueses e castelhanos à época, a batalha dos Atoleiros, ganha pelos primeiros sob o comando de D. Nuno Alvares Pereira.

Em 1659, foi em Estremoz que o exército português se reuniu às ordens de D. António Luis de Meneses, conde de Cantanhede, para socorrer Elvas, que se encontrava cercada por um exército espanhol, comandado por D. Luis de Haro. Dali partiram para derrotar os espanhóis na Batalha das Linhas de Elvas, tendo causado enormes baixas aos seus adversários.

Em 1663 o exército espanhol, comandado por D. João de Áustria e o exército português,comandado pelos condes de Vila Flor e de Schomberg defrontaram-se nos campos de Ameixial a 5 km de Estremoz. O exército espanhol tinha acabado de conquistar Évora. Era constituído por 3000 cavaleiros e 2000 homens a pé, sendo este um dos mais perigosos ataques espanhóis durante a guerra da Restauração. Depois da batalha, o exército espanhol retirou para Badajoz.

Já mais perto de nós, o Regimento de Cavalaria de Estremoz desempenhou um importante papel no 25 de Abril de 1974.

Programa:

A nossa actividade começará pela visita ao mercado tradicional, que se realiza todos os sábados de manhã, no Rossio Marquês de Pombal. Semanalmente, o campo vem à cidade e traz cestos e bancadas cheios de frutas, hortaliças, cereais, azeite, queijos, azeitonas, enchidos e animais.

A par deste mercado, também na Feira de Antiguidades e Velharias o visitante tem a oportunidade de viajar no tempo, através dos objetos e artigos expostos nas bancas improvisadas ou no chão. Mobiliário, bordados, faianças, porcelanas, cobres, livros, discos, moedas, postais, selos, grafonolas antigas e utensílios agrícolas, são apenas alguns exemplos do que se pode encontrar nesta feira.

Da parte da manhã, visitaremos ainda o ‘Burgo Medieval’, no caminho para o qual passaremos pelo Pelourinho quinhentista, considerado Monumento Nacional. Entrando no Burgo pela Porta da Frandina poderemos visitar a antiga Armaria Real de D. João V, transformada em Pousada, e subir à Torre de Menagem, a Igreja de Santa Maria, uma das obras religiosas mais importantes do fim da Renascença no Alentejo, de arquitectura quinhentista, o Paço de Audiências de D. Dinis de fachada gótica, apresenta o brasão de armas de Estremoz, do reinado de D. Afonso IV, em cima da entrada (actual Galeria de Desenho) e mais à frente, o Museu Municipal Prof. Joaquim Vermelho, possuidor de notável colecção barrística, espólio arqueológico e etnográfico que visitaremos.

Sairemos do Burgo pelo Arco de Santarém em direcção à Torre das Couraças, obra medieval que protegia o principal poço abastecedor do Castelo. À sua esquerda a Fonte do Espírito Santo.

Procuraremos ainda durante a parte da manhã visitar algumas das oficinas em que mãos habilidosas que trabalham o barro dão vida aos emblemáticos Bonecos de Estremoz que, com as suas cores garridas, encantam quem por aqui passa e são candidatos a Património Cultural Imaterial da Humanidade. No século XVIII, os barristas foram dando forma a peças únicas e conhecidas internacionalmente, como o são exemplo os famosos Presépios de Altar, o ‘Amor é Cego’, a ‘Primavera’, os ‘Pucarinhos’ ou, mais recentemente, o boneco ‘Rainha Santa Isabel’.  

Chegada a hora do almoço iremos visitar esse ícone da boa comida alentejana chamado Casa do Pixa Negra, onde nos espera um cozido alentejano.

Da parte da tarde, começaremos por visitar o Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em que teremos ocasião de ver uma exposição temporária sobre brinquedos e desfrutaremos do Rossio Marquês de Pombal, considerado por muitos a maior e mais bela praça do país.

É a grande ‘sala de visitas’ da cidade, pois é o grande ponto de encontro entre as gentes locais e aqueles que visitam Estremoz. Esta praça está envolta por um património arquitetónico e histórico de grande valor, como por exemplo a Igreja de São Francisco. No ex-convento anexo a esta igreja funciona o Regimento de Cavalaria Nº 3, cujo museu visitaremos, o Convento dos Congregados, o Convento das Maltesas, em que visitaremos o Centro Ciência Viva de Estremoz, o Café Águias d’ Ouro ou o Lago do Gadanha.

Características da actividade: Actividade urbana / cultural /gastronómica.

Recomendações: Dado haver percursos ao ar livre, os participantes deverão ter em conta a meteorologia prevista.

Partida: Às 7h00 de Entrecampos; regresso às 20h30 a Lisboa.

Participação em viatura própria: Às 9h00 no Rossio Marquês de Pombal, frente ao Turismo.

O preço inclui o transporte em autocarro, o seguro, a informação, as entradas no museu e no Centro de Ciência Viva, assim como o almoço (cozido alentejano). 


Preços:
Autocarro 48,00€ Jovens 22,00€
Preços:
Viatura própria 31,00€ Jovens 17,00€