Rotas de Cister - Sta Maria de Maceira - Dão

2006-06-03 - 2006-06-04 (Sábado - Domingo)

O Dão entre o solar e o convento


3 e 4 de Junho - Sábado e Domingo – 2 botas.


O projecto de actividades subordinado ao tema Rotas de Cister, visa dar a conhecer aos sócios participantes vários conjuntos monásticos de uma Ordem que acompanhou a formação do território e a afirmação política da 1ª dinastia, contribuiu para a colonização de vastas áreas, aplicação de técnicas agrícolas inovadoras e de organização do espaço. Os conjuntos monásticos seguiam métodos de implantação e distribuição espacial muito semelhantes com modelos arquitectónicos e construtivos afins,o que lhes confere um certo "ar de família". É,no entanto, a relação privilegiada com a paisagem que os torna singulares:os locais isolados onde se implantaram e a transformação do espaço envolvente. Actualmente, fazem parte integrante de unidades paisagisticas mais vastas, às quais dão um valor acrescido que importa preservar e valorizar. Neste sentido, o real convento de Sta Maria de Maceira-Dão e a sua envolvente paisagística não fogem à regra.


Esta actividade serve também de pretexto para visitarmos uma zona pouco explorada pelo Clube e para a qual os companheiros organizadores têm tido pouca apetência, talvez por ser muito povoada, logo intervencionada mas, como poderão verificar, com locais muito belos e aprazíveis.


O convento foi fundado em 1161 em Moimenta, na via entre as terras de Azurara (Mangualde) e Senhorim. Talvez por a região ser já um importante pólo de produção agrícola, densamente povoada e a rede viária, de origem romana, que também passava por Viseu, ser muito frequentada, em 1173 os monges transferem-se para uma várzea num vale ameno e fértil, protegido da nortada pela serra de Fagilde. É ladeado pela ribeira dos Frades, que desagua na margem esquerda do Dão, dando origem, no seu couto, à povoação de Fornos de Maceira Dão. Em 1837 o couto é integrado no concelho de Mangualde e o edifício vendido. Propriedade privada, edifício classificado do qual subsiste parte das campanhas de obras dos séculos XVII e XVIII.


Características dos Percursos


Sábado - Percurso pedestre com c. de 12/13km com início em Germil, na ponte sobre o Dão, e términus no camping, passando pela barragem de Fagilde e convento. Decorre ao longo do rio por caminhos florestais ou rurais, na sua maioria arborizados, e um pequeno estradão, ao longo da barragem, o qual é bastante exposto. Sem desníveis ou dificuldades de maior para além de um pequeno corta-mato por baixo do viaduto de Fagilde.


Domingo - Percurso pedestre com cerca de 12/13km com início em Germil e términus no lugar das Lajes. Parte do percurso decorre ao longo do Dão e parte na cumeada de serra de Vila Mendo a qual possui umas belas vistas, quer para o vale do Dão e Penalva do Castelo, quer para a serra da Estrela.Caminhos rurais e florestais com 2 pequenos desníveis a vencer, o primeiro no início com c. de 100m, e o segundo entre Trancoselinhos e a capela de Sto Amaro, com c. de 200m. De tarde, teremos a visita guiada ao solar dos Albuquerques e a prova de vinhos do Dão. De fundação quinhentista, a traça actual deste belo solar data do séc. XVIII, possui uns jardins magníficos que visitaremos tal como a capela,a entrada da casa (habitada) e as adegas. No regresso haverá ainda a oportunidade de passarmos na ponte de Trancozelos, de origem romana, e no convento do Santo Sepulcro, estabelecimento único em Portugal datado do séc. XII, pouco alterado mas muito estragado.


Cartografia: Folhas 179, 189 e 190 da Carta Militar de Portugal na escala 1/25000 do IGE.


Partida: Sábado, dia 3,às 6h30 de Algés e às 6h45 de Sete Rios.


Alojamento: É por si outro ponto de interesse - a dormida, jantar e pequeno almoço serão no camping Moinhos do Dão. Como o nome indica está situado nas margens do rio num açude com antigos moinhos e mancha florestal quase primitiva, um local paradisíaco que só poderia ser achado por quem? Holandeses, claro. O camping é propriedade de uns quantos holandeses que ali se fixaram em 1989 e que arranjaram o espaço para camping, reconstruiram a casa do moleiro, construiram cabanas, colocaram água canalizada e painéis solares para electricidade, tudo sem apoios oficiais. Também organizam programas de férias com actividades pedestres para os estrangeiros que ali se alojam; digo estrangeiros porque portugueses seremos os primeiros… Portanto, um espaço muito aprazível mas sem luxos, existem instalações sanitárias com chuveiros de água quente e luz nas cabanas e nas casas. Um jantar simples regado com Dão, produção própria de uma quinta vizinha, e alegrem-se vegetarianos, é só avisar que não há dificuldades. Recomendo vivamente que consultem o site www.portugal-aktief.com, é só carregar na bandeira portuguesa.


Recomendações: Botas,água,protector solar, toalha de praia e farnel.


Observações: Dadas as características da actividade, haverá número limitado de participantes e não será possível a participação em viatura própria. O alojamento será no camping, exclusivamente. Quanto a camas existem casas, cabanas e roulotes com capacidade para 2 e 4 pessoas, quase todas têm casa de banho, embora algumas só lavatório e as roulotes nem isso, nestes casos o banho é nas instalações sanitárias do camping. O número de camas disponíveis é inferior à lotação do autocarro e é conveniente levar saco-cama e almofada. Como o autocarro não chega ao camping, haverá transfer das bagagens, portanto, no Sábado, dia de partida, os companheiros levarão consigo só o necessário para a actividade e deixarão no porão do autocarro a bagagem a transferir, a qual já estará no parque quando lá chegarmos. É imprescindível a inscrição no Clube para os dois tipos de alojamento.


Preço: Autocarro (campismo) 75,00 € / Men. 21 anos 48,00 €; Autocarro (cabana) 85,00 € / Men. 21 anos 58,00 €.


O preço inclui a dormida, o jantar, o pequeno-almoço e a visita à Casa da Ínsua com prova de vinhos.