2006-06-30: Foi uma bela jornada, que uma "nova" equipa Organizadora nos ofereceu.
Sempre com o apoio das gentes de Aldeia da Ponte, a presença constante do antropólogo José Prata a todos encantou! Como gostámos de o ouvir contar as histórias da sua vida de aldipontense, e de o ouvir falar da História da sua terra!
E o passeio gastronómico? Um espanto, amigos! José Prata surpreendeu-nos ao almoço com um ibérico de categoria, acompanhado de pão espanhol e bebidas. E a organização, como prometera no anúncio da actividade, terminou a aventura com um belo repasto de produtos regionais. Parabéns.
24 de Junho – Sábado – 2 botas.
A três quilómetros de Espanha, mais concretamente em Aldeia da Ponte, localizada entre Vilar Formoso e Sabugal, terá lugar esta actividade do CAAL.
Venha connosco descobrir recantos agradáveis, picotas e noras de rega, nas margens do Rio Cesarão que, juntamente com o espólio recolhido no museu de Aldeia da Ponte, nos ajudam a recordar o que foi a actividade agrícola, algumas décadas atrás, das gentes raianas de Riba-Côa.
Se gosta de História, aproveite ainda para aumentar ou consolidar os seus conhecimentos pois, para além da ponte romana que deu o nome a Aldeia da Ponte, vamos visitar a igreja de Nossa Senhora da Sacaparte que “fica perto da villa do Sabugal e da freguezia de Aldeia da Ponte... está entre a villa de Alfaiates e a raia hespanhola, d’onde dista 3 km... foi construída no tempo dos gôdos ... D. Diniz ... vinha aqui frequentes vezes fazer grandes caçadas... junto à egreja há uma grande albergaria para os romeiros... No séquito dos de Castello-Mendo, vinham 18 homens, nús, da cintura para cima,..”, e muito mais que o aldipontense José Prata, antropólogo, nos ajudará a descobrir... na Sacaparte e em Aldeia da Ponte. Mesmo que não aprecie festas de touros, desafiamo-lo a surpreender-se com as origens e prática da tradição muito arreigada, muito diferente e única, das touradas “à moda da raia”, descobrindo o que é e para que serve o “forcão”, tradição que faz parte deste “Portugal Ainda…”. Contamos, também aqui, com o saber, a sensibilidade, a vivacidade e a vivência do antropólogo José Prata. Terá ainda oportunidade de percorrer parte de alguns dos trilhos dos contrabandistas da raia que, depois dos trabalhos dos campos, ‘alangados’ com o peso das cargas e... sabe Deus... quantas vezes ‘esgalgados’ de fome, faziam o contrabando que, pela sua insignificância, não lesava a economia do país, mas era uma pequena achega, essencial, ao sustento familiar.
A actividade não podia terminar sem um lanche ajantarado (incluído no preço) com sopa de legumes e produtos regionais, etc. etc., em local surpreendentemente adequado. Parece o “El Dorado”.
Venha daí e mexa-se, que não se arrepende.
16km, algum corta mato, decorrendo em regra em caminhos de pé posto, próximo das margens do Rio Cesarão, por isso aconselha-se o uso de botas e calças. Considerando a época do ano, o chapéu, o creme solar e a água são indispensáveis. Antes de iniciar a actividade tem a oportunidade de se abastecer com sandes, água e refrigerantes.
Cartografia: Folhas 216 e 227 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25000 do IGE.
Partida: Às 6h15 de Algés e às 6h30 de Sete Rios.
Participação em viatura própria: Concentração às 11h00, junto da ponte romana de Aldeia da Ponte.
O preço inclui o lanche ajantarado.
Preço: Autocarro 42,00€ / Men. 21 anos 19,00€; Viatura própria 20,00€ / Men. 21 anos 17,00€.
Nota: O antropólogo aldipontense José Prata acompanhar-nos-á desde Lisboa enriquecendo com o seu saber esta bela actividade.