PAÚL DO BOQUILOBO E CIDADE DE TORRES NOVAS

1997-05-31 (Sábado)

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente


Vamo-nos divertir!

Uma observação muito discreta à Reserva Natural do Paúl de Boquilobo, zona húmida de grande valor ecológico, classificada pela UNESCO como reserva da Biosfera, é o que vos propomos para as vésperas do dia mundial do ambiente. O rio Almonda, traço de união e conflito entre este ecossistema e os sistemas envolventes, leva-nos ao campo, à vila e à cidade, à descoberta das artes e ofícios das gentes de Riachos e Torres Novas.


DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE

A actividade, para os mais atentos, já começou antes de ter começado, por aquilo que já foi visto - a Serra d’Aire, a nascente do rio Almonda e junto a ela, a fábrica de papel de Almonda (Renova), a 1ª a utilizar as águas deste rio para fins industriais. Em actividade anterior deixámos o rio aqui. Segue-se o que se adivinha, mais fábricas,destilarias, lagares de azeite, hortas e pomares, casais e quintas, a cidade e o campo usam as suas águas e comprometem a sua qualidade e transparência e por fim o fio vital desemboca no Paúl e deixa-se conduzir por entre uma mata aluvial e um complicado sistema de valas e valados, diques e comportas, que drenam os campos da Golegã ( e lá acaba por encontrar o Tejo).

Nesta actividade, para metade do grupo, o pri-meiro contacto será para a envolvente agro-industrial da cidade de Torres Novas e, recuando muitos séculos na história destes lugares, aí encontrarão testemunhos de vivência romana nas proximidades do Almonda - estamos a falar-lhe de Cardílio, ao que parece o anfitrião que juntamente com a sua Avita, nos irá receber na sua Quinta ou Villa. Depois será a visita à cidade para conhecer a sua história e o modus vivendi da sua gente, a sua riqueza cultural, patrimonial, e artística.

Os companheiros que passarem a manhã na cidade, terão uma tarde de sossego no Paúl, entre matas e valas, a observar as aves ( as que se deixarem ver ) e ninhos e ouvir falar da riqueza e diversidade daquele espaço natural. Inversamente, quem amanhecer na convivência com as aves gozará uma tarde entre humanos, para co-nhecer os seus engenhos e artes e ouvir falar do bem querer de uns e do malfazer de outros ou vice-versa.

No final, os dois grupos visitarão o Museu Agrícola de Riachos que dá a conhecer a ruralidade de outrora.

CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO

Grau de dificuldade: ½ bota; silêncio no Paúl do Boquilobo obrigatório.

Tipo de terreno: Zonas aluviais planas e terraços fluviais baixos - percurso sem desníveis, com excepção para a área do castelo (cota max. 64m)

Duração prevista: 3 h. no Paúl; 3h de ronda pelo castelo e pela cidade; 1 h em Riachos

Abastecimentos: é conveniente levar bastante água para a reserva porque não há locais de abastecimento.

Recomendações: não esquecer repelente para insectos, boa protecção solar (ou para a chuva, consoante a meteorologia); calçado confortável, não necessáriamente botas

CARTOGRAFIA - Folhas nº329 do IGE na escala de 1: 25 000

TRANSPORTE - Haverá apenas 1 Autocarro (não é possível a participação em viatura própria)

LOCAL E HORA DE PARTIDA - Algés - 7:00h e C.Pequeno - 7:30h. Chegada prevista a Lisboa : 21h

ALMOÇO - Poderá optar pelo seu farnel e piquenicar num recanto da reserva ou escolher um dos pratos típicos da borda d’água, a seguir indicados, e almoçar no barracão do Sr. Zé, na Quinta do Paúl (migas de peixe, caldeirada, enguias e fataça - marcação com 8 dias de antecedência pelo tel. 049 820 553)


ACTIVIDADE RESERVADA A SÓCIOS DO C.A.A.L.. EXIGE INSCRIÇÃO PRÉVIA.

Local: Paúl de Boquilobo